Qui, 16 de Novembro de 2017 14:17 |
-
O pequeno Jorge estava assentado na escada da cozinha, e olhava para o quintal, como quem procura prestar algum favor. Nisto chegou o vovô com as ferramentas e encaminhou-se para o jardim, e começou a arrancar tiririca com as mãos.O menino levantou-se e foi ajudar o vovô. "Arrancar erva daninha, eu também sei", pensava o pequerrucho. Mas o vovô aproximou-se com a enxadinha e ocupou o espaço do menino. Ele olhou assustado para o avô: — Vovô, deixa que eu faço.
-
— Eu sei que você sabe. Mas com a enxada vai mais depressa. Não tenho muito tempo.
-
O menino levantou-se contrariado. Ali perto seu irmão mais velho estava lavando o carro. Jorginho reparou que as rodas ainda não tinham sido lavadas. Molhou a esponja no balde e ativamente começou a esfregá-las. Quando ia passar para a segunda roda, disse o irmão: — Obrigado, pequeno. Mas pode parar. Não tenho tempo para esperar você terminar. - Saiu resmungando: Ninguém confia na gente. - Escutou a mãe lidando na cozinha, e correu para lá, esperando ser útil. Ficou espiando um bom tempo, sentado numa cadeira. Reparou que a mãe não tinha mais batatinhas. Alguém teria de ir à despensa. Pegou a cesta e encaminhou-se para lá: Mamãe, vou buscar mais batatas. — Deixe para mim, meu filho. Eu mesma vou correndo. Estou com pressa.
-
Pegou a cesta das mãos dele e saiu. Ao voltar, tentou consolar o menino tristonho e frustrado: — Você compreende. Às vezes o tempo é dinheiro.
-
— Mamãe, eu acho que a gente vale mais que o dinheiro. Foi isso que papai disse uma vez.
-
> Para refletir: — A resposta do menino foi profética. Além do mais, precisamos aprender a repartir as tarefas.
|